Ano novo, escola… velha?

O ano novo é muito comumente relacionado com mudança. Para muitos, a
virada é o momento em que muitos encontram a motivação para começar algo
novo ou renovar um compromisso antigo. Para a educação isso não é
diferente, especialmente esse ano. Em 2020 a comunidade escolar enfrentou
muitas dificuldades e exigiu dos profissionais da educação, dos estudantes,
das famílias e da comunidade adaptação e reestruturação do fazer
educacional.
Considerando que o momento que vivemos é de grande incerteza, visto que o
ano passado virou o mundo de ponta cabeça e trouxe desafios para o novo
ano, fica a questão, o que cabe à escola em 2021?
Está claro para todos nós que o ano que passou trouxe muitas mudanças.
Sacudiu a vida das famílias, dos estudantes, da comunidade e da escola.
Exigiu de todos muita resiliência e adaptação. Deixou para a escola apenas
uma tarefa: se reinventar!
No último Co-criando de 2020 tivemos um debate com o professor Josias
Silva, professor universitário, doutor em metodologia de ensino pela USP,
professor universitário e pesquisador na área de novas metodologias de
ensino, sobre os desafios e possibilidades para as escolas em 2021.Com base
nessa conversa nós separamos quatro maneiras de encarar o ano que está
chegando com seus desafios e oportunidades!
1. Trabalhar as competências socioemocionais
Muito se tem falado sobre os conteúdos que serão trabalhados em 2021.
Espera-se que esse ano dê conta de trabalhar os conteúdos de dois anos em
um. Isso é um grande desafio, mas também uma grande preocupação. Os
estudantes chegarão na escola com dificuldades e necessidades extras,
colocar o conteúdo como prioridade absoluta da escola pode fazer com que
tanto os alunos quanto os professores se sintam sobrecarregados.
Precisamos nos lembrar que o que faz a educação são as pessoas, o que mais
importa para as escola devem ser os sujeitos que a compõem. Por isso, é de
extrema importância que se tenha um olhar atento para com os alunos e suas
dificuldades e para ajudá-los a trabalhar e lidar com tudo isso, inclusive as
demandas escolares. Nesse contexto, as competências socioemocionais se
tornam fundamentais. Elas vão servir de incentivo para os estudantes e vão
ajudar a dar estrutura emocional para os sujeitos e para o grupo darem conta
do ano letivo!
Se você ainda não tem ideia de como trabalhar as competências emocionais
em sala de aula, descarregue a nossa guia com várias dicas aqui.
2. Novas formações
Precisamos levar em consideração que a realidade da pandemia foi vivida de
maneiras diferentes pelas pessoas. Cada estudante enfrentou um tipo de
desafio e dificuldade diferente durante o ano que passou e nenhum deles
estará voltando de uma simples férias, mas de um longo período de pandemia
que não chegou ao fim, mas que trouxe muitas inseguranças e incertezas. As
condições dos estudantes e as prioridades mudaram, os sentidos e percepções
de mundo e de outro são diferentes. A escola precisa dar conta de receber e
acolher os alunos da forma que eles vierem, física ou virtualmente. E isso exige
de todos muito preparo e intencionalidade. Os professores precisarão lidar com
as competências socioemocionais de uma forma bem clara e planejada. Muitos
trabalharão com o ensino híbrido e todos precisarão continuar se aprimorando
no uso das tecnologias. A pandemia trouxe demandas para a educação e
muitos professores não têm o preparo necessário. Cabe à escola, a gestão
fazer formações teóricas e práticas para os professores, cabe aos professores
demandarem o mesmo.
3. Novo planejamento
Para que mudanças ocorram e a escola se renove é fundamental um
planejamento pedagógico efetivo. Para isso cabe ao grupo planejar junto e com
sagacidade preparados para se adaptar, mas com intencionalidade! Isso vai
exigir do grupo olhar atento para as inovações que têm surgido. Elas são
muitas, mas escolher e implementar não deve ser algo arbitral. As escolas
deverão procurar, conhecer e depois considerar o que cabe e o que não cabe
para cada espaço.
A Fly Educação e Cultura tem assessorado muitas escolas no processo de
construção de um planejamento assertivo, que contemple competências
socioemocionais e cognitivas. Para os interessados em um auxílio mais
personalizado acessem nosso site e entrem em contato com a gente.
4. Comunicação
Por fim, para que tudo isso seja possível, um dos pilares de funcionamento da
escola deve ser uma boa comunicação. A educação é feita por pessoas em um
movimento de troca. Trocar, se relacionar exige energia e esforço. A pandemia
tem drenado a energia e disposição das pessoas. Precisaremos ter um olhar
especial de como é a nossa comunicação com os nossos estudantes e com as
famílias. E a comunicação dentro da escola entre gestores e professores deve
ser direta e acessível. Os gestores precisam dar espaço para os professores e
os professores precisam confiar e se abrir com os gestores. É o gestor que
pode solucionar muitos dos reais problemas, a direção precisa ser comunicada
das dificuldades para que as dificuldades sejam enfrentadas e solucionadas.
Para ter acesso a nossa conversa com o professor Josias, clique aqui:
Como podemos perceber, os desafios são grandes, mas as possibilidades são
ilimitadas. Esse é o momento da comunidade escolar se unir e ter a coragem
de se reinventar, encarar os desafios com um novo foco. A escola de 2021 vai
precisar de inovação, dinamismo, e o mais importante, muito compromisso com
o desenvolvimento e a aprendizagem. Por isso, seguiremos juntos debatendo
possibilidades, sonhando e construindo uma educação significativa e
transformadora.
Bem interessante, não é mesmo? Então fiquem ligados nas redes sociais e no
blog da Fly! Ah, em breve, teremos a volta dos eventos online, onde
importantes temáticas voltadas à educação serão apresentadas na prática, de
uma forma bem descontraída e prazerosa. Temos um grande ano pela frente e
contamos com você para fazer parte desta história.