Imagine a seguinte situação: você foi convidado para uma grande festa e
recebeu como mensagem o pedido para que use algo de cor azul, podendo ser
um vestido, uma blusa ou calças, mas desde que seja azul. No entanto, ao
chegar na festa, você descobre que, na verdade, a cor do traje era vermelha,
ou seja, somente você está com algo azul. Diante dessa situação, como você
se sentiria? Deslocada? Envergonhada? Insegura? Uma “impostora”, não é
mesmo?
Agora imagine ter essa sensação, 24 horas por dia, 7 dias por semana.
Terrível, não é mesmo? Pois bem, esse mal existe e se chama “Síndrome do
Impostor”, uma patologia que, apesar de ainda não ser reconhecida pela
Organização Mundial da Saúde (OMS), é algo que está se tornando cada vez
mais presente no campo profissional. Segundo estudos realizados pela
professora Gail Matthews, da Universidade Dominicana da Califórnia, 70% dos
entrevistados apresentaram pelo menos um dos sintomas característicos da
Síndrome do Impostor.
Um dado bastante alarmante e que acende o alerta
para alguns fatores: A insegurança, a elevada competitividade/exigências que o
meio profissional nos impõe e a busca exacerbada por perfeição, muito ligada
às redes sociais, onde diariamente nos deparamos com “vidas pessoais e
profissionais perfeitas”, nos fazendo sentir uma verdadeira “fraude” ou uma
“piada”, como o exemplo da roupa azul na festa vermelha, lembra?
Mas afinal, o que se sente?
Segundo os blogs “Na prática” e “Psicologia Viva”, dentre os principais
sintomas da Síndrome do Impostor estão:
● Sentimento de não pertencimento;
● Sentimento de não merecimento;
● Sentimento de inadequação;
● Procrastinação derivada de insegurança ou outros sentimentos
relacionados;
● Ações de autossabotagem que minam chances de sucesso nas
atividades;
● Autodepreciação em discursos ou pensamentos;
● Não acreditar em elogios;
● Comparação frequente com os outros;
● Autocrítica excessiva.
Como cuidar?
Se tratando de um transtorno que impacta a nossa saúde mental, é
quase impossível não citar a importância da inteligência emocional durante o
processo de autoconhecimento e cura. Reconhecer os gatilhos (fatores que
desencadeiam esses sintomas), racionalizar seus pensamentos (será que tudo
isso que eu estou pensando realmente faz sentido? É real?), pedir feedbacks
para colegas de trabalho sobre seu desempenho e lutar contra a tentação de
se comparar ao outro, são medidas que auxiliam (e muito) a minimizar ou até
resolver essa questão. No entanto, sabemos que existem casos que apenas
essas medidas não resolvem, aí entra a necessidade de se buscar ajuda de um
profissional qualificado para te nortear durante esse processo, te auxiliando a
enxergar seus pontos fortes e de melhoria, além de práticas para lidar e
superar da melhor forma possível a síndrome e seus desafios.
Gostou do que leu? Fique atento ao blog e redes sociais da Fly. Em
breve, mais conteúdos e eventos para deixar a sua jornada como educador
e/ou apaixonado pela educação cada vez mais incrível. Vamos juntos?
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