Saiba quais são as principais competências socioemocionais aplicadas na educação
- Fly
- 4 de abr.
- 4 min de leitura
Atualizado: 8 de abr.
Escrito por Amanda Aguiar
Desenvolver competências socioemocionais pode ser um processo dinâmico e aventureiro, cheio de descobertas, conexões e pertencimento. Trabalhar estes tópicos dentro do ambiente escolar potencializa os estudantes a construir um futuro sólido, desenvolvendo comportamentos assertivos diante do mercado de trabalho, e também nas relações com os familiares e amigos.
Essas habilidades despertam a autopercepção que é a compreensão dos seus próprios sentimentos e a empatia que é compreender os sentimentos do outro, preparando-o para as diferentes relações sociais do agora e, principalmente, do futuro. Além disso, influenciam no modo de pensar, sentir e interagir.
Mas você deve estar se perguntando, como isso pode refletir de maneira eficaz no dia-a-dia dos estudantes? A educação socioemocional fortalece o aprendizado e prepara o indivíduo para os desafios de dentro e fora da sala de aula.
Conheça as principais competências socioemocionais essenciais para esse desenvolvimento em sala de aula:
Autoconhecimento: entender suas forças e limitações;
Autogestão: gerenciamento eficiente, controle de impulsos e definição de metas, além do controle do tempo, sentimentos e temperamento;
Consciência Social: exercício de empatia, colocar-se no lugar do outro e aprende a respeitar a diversidade;
Habilidades de Relacionamento:
ouvir e falar de forma clara e objetiva. Cooperar e solucionar conflitos de modo construtivo e respeitoso;
Tomada de Decisão Responsável: escolhas e interações sociais em alinhamento com os valores éticos, promovendo bem-estar social e desenvolvimento pessoal;
Resiliência: enfrentar os obstáculos e investir em soluções.
A Importância da educação socioemocional
Unidades escolares brasileiras integraram as competências socioemocionais como um pilar de sustentação educacional, com referência na Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Um avanço que afirma um olhar atento às singularidades de cada estudante.
Em 2023, a OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) realizou a pesquisa Survey on Social and Emotional Skills (SSES), que fez uma análise internacional para coletar dados sobre a relação entre competências socioemocionais, educação, carreira e bem-estar.

A SSES analisou estudantes de 10 e 15 anos, avaliando competências como engajamento social, colaboração e abertura a novas experiências. O estudo revela que os estudantes têm maior desempenho em literatura, matemática e artes quando possuem um nível mais elevado de persistência, curiosidade, assertividade, empatia e regulação emocional, além de serem menos propensos a se atrasarem ou faltarem à escola.
O Brasil participou pela primeira vez da pesquisa, com coleta de dados em Sobral (CE), em parceria com o Instituto Ayrton Senna.
A Fly promove o projeto Mulheres in Tech, por exemplo, um curso que conecta conteúdos socioemocionais com as suas abordagens temáticas – programação e inteligência artificial. Dessa forma, além de capacitar mulheres para atuar na área, o programa também as ajuda a gerenciar suas ferramentas emocionais.
Após a conclusão do curso, 54% das alunas formadas pelo Mulheres in Tech afirmam que conseguiram ingressar no mercado de tecnologia.
“A parte socioemocional é necessária, eu amei muito! É extremamente importante para a nossa vida. Aprendi a ter mais segurança, confiança e cuidado comigo e com as pessoas”, avaliou Lilia Rosa, residente do Maranhão, e ex-aluna do Mulheres in Tech.
Educação e mercado de trabalho
As competências socioemocionais impactam diretamente a vida pessoal e profissional. Se você pensa em construir uma carreira promissora, atente-se ao seu desenvolvimento integral, para que assim você possa aprimorar suas habilidades de lidar com desafios e consiga atuar de maneira eficiente.
No mercado atual, as empresas valorizam profissionais que vão além do conhecimento técnico. Segundo o Relatório sobre o Futuro do Trabalho de 2023, do Fórum Econômico Mundial, que explora como os empregos e as habilidades evoluirão até 2027, foram identificadas diversas habilidades interpessoais que estão cada vez mais valorizadas pelas empresas.
Como resultado, profissionais que as possuem tendem a obter um melhor rendimento. “As habilidades socioemocionais que as empresas consideram mais importantes são curiosidade e aprendizagem ao longo da vida, resiliência, flexibilidade e agilidade, e motivação e autoconsciência”, examina o relatório.
Além disso, a Revista Forbes também destaca as competências socioemocionais ou as “soft skills” como “a nova moeda do local de trabalho.”
Como desenvolvê-las na prática?

A prática e a descoberta pessoal serão aliadas para que, a partir da desenvoltura pedagógica do educador, o estudante consiga construir estratégias eficazes para adquirir inteligência emocional e entender como ela ajuda no controle emocional para uma boa relação social.
Mas de que maneira podemos desenvolvê-las? Essas habilidades exigem um processo contínuo, que podem ser praticadas no dia-a-dia. Confira algumas dicas:
Autoconhecimento: Aprenda a se conhecer
Reserve um momento de reflexão sobre as suas emoções, e analise como elas afetam suas decisões e relações.
Empatia como aliada
Trabalhe a empatia colocando-se no lugar do outro. Respeite outras perspectivas e a diversidade ao redor.
Tenha uma escuta ativa
Ouça, filtre as informações e aplique o que for relevante. Praticando a escuta ativa você fortalece suas conexões interpessoais.
Dica: Tente buscar por feedbacks construtivos e esteja aberto a opiniões que possam contribuir para seu crescimento.
Plante resiliência e colha soluções
Desenvolva flexibilidade, supere as dificuldades com determinação e transforme-as em aprendizado. Adaptar-se às mudanças também é fundamental.
Dica de leitura: Competências Socioemocionais em Sala de Aula: Guia prático do ensino infantil ao ensino superior, de Carol Garcia.

Acelere o seu potencial
Invista no seu crescimento pessoal e profissional. Estabeleça metas, crie autoconfiança e busque aprendizado.

Dicas de dupla capacitações: A Fly oferece o projeto Mulheres in Tech, uma dupla formação de ensino que impulsiona o mercado tecnológico feminino com aulas de competências socioemocionais, de mercado, científicas e técnicas, para que ao final do curso já estejam aptas a trabalhar na área.
Já o Projeto Semente e Fly Talks, oferece capacitações em escola públicas e ONGs parceiras, para que jovens a partir de 13 anos tenham habilidades comportamentais que engloba as competências socioemocionais citadas, saiba criar currículo no Linkedin, aprendam práticas de empreendedorismo para geração de renda e estejam preparados para a busca do primeiro emprego.
Agora está fácil aprimorar as suas habilidades e auxiliar os seus alunos a alcançar um desempenho escolar e profissional de sucesso, a partir das atividades socioemocionais. Já imaginou uma transformação significativa dentro de escolas, empresas e projetos sociais? Além, claro, do impacto na sua vida profissional, acadêmica e pessoal.
Continue acompanhando as nossas redes, que toda semana traremos artigos com muito aprendizado e inspiração, com os temas que costumamos abordar em salas de aula.
Comments