Design Thinking para quem quer ir além do criar, testar e crescer
- Isabelli Garcia
- 17 de abr.
- 5 min de leitura
Atualizado: 16 de mai.
Já pensou em como seria se o seu trabalho fosse um espaço para explorar possibilidades, e aprender com os próprios erros?
É assim que funciona o mundo do Design Thinking! Aqui, o erro não é só aceito; ele é acolhido como uma parte essencial do processo criativo. Porque, convenhamos, inovar não é sobre ter todas as respostas prontas, mas sim sobre dar o primeiro passo sem medo de errar.
Origens do design thinking
O conceito de Design Thinking teve um boom nos anos 70, a partir da obra “Experiences in Visual Thinking”, de Robert McKim, quando setores de engenharia, arquitetura e educação faziam uso dessa abordagem criativa.
Para o mundo da administração, o Design Thinking surgiu principalmente com os irmãos Tim e David Kelly — quando criaram, em 1991, a IDEO, uma empresa especializada em design e inovação.
E, olha, a IDEO não só ajudou a criar o mouse da Apple, mas também tem mais de três mil produtos no portfólio, impactando empresas gigantes como a General Electric, Ford e muitas outras.
Por que usar o Design Thinking?
O uso do Design Thinking é semelhante a abrir uma janela para o novo. Ele coloca as pessoas no centro de tudo, ou seja, as soluções tornam-se sempre mais humanas, mais reais e, o mais importante, mais conectadas às necessidades do outro. E, se há algo que sabemos, é que ninguém tem todas as respostas.
E tudo bem! Foca no aprendizado de múltiplas perspectivas, teste de ideias, aprendizado com processos e realização ágil de ajustes à procura de algo mais eficiente. Além disso, sua flexibilidade é uma característica forte: seja na educação, negócios, saúde, tecnologia. Como um método que se regula a qualquer contexto, o Design Thinking proporciona mudanças e crescimento ao longo do caminho.
Os benefícios do Design Thinking
A magia é que ele não apenas ajuda a resolver problemas, mas também auxilia a entender mais profundamente as pessoas. Nos ensina a ir além da superfície e descobrir o que realmente importa. Ao trabalhar juntos em colaboração, podemos combinar capacidades e procurar soluções inovadoras que talvez não aparecesse de outro jeito.
Fazendo isso por partes, ou, em etapas, o risco de falhar é menor, o que nos garante mais segurança para prosseguir. Esse processo permite também que as companhias se tornem mais ágeis e criativas. Em um mundo em constante mudança, a habilidade para inovar e para se adaptar é o que diferencia o seu trabalho.
Principais aplicações:
Você pode utilizá-lo em várias circunstâncias! Na educação, ele transforma a sala de aula em um espaço mais criativo e centrado no aluno. No setor de saúde, melhora a trajetória do paciente, conferindo o caráter humano ao atendimento e retirando a burocracia dele.
Nos negócios, é o preferido das empresas que buscam permanecer relevantes. Na tecnologia, ajuda a criar interfaces tão intuitivas que até sua avó utilizaria. E pasmem, até em políticas públicas há um espaço para o Design Thinking, uma vez que ajuda a criar soluções mais inclusivas e de impacto efetivo.
As etapas do Design Thinking:
O Design Thinking é como um roteiro que pode ser dividido em quatro fases:
Empatia: Tudo começa ouvindo, observando e, principalmente, sentindo o que o outro sente. Aqui, o objetivo é entender as necessidades reais das pessoas;
Definição: Após ouvir o outro, é hora de organizar as ideias e encontrar qual é o problema que precisa de solução.;Ideação: Agora vem a hora mais divertida do processo. Coloque todas suas ideias juntas. Não há limite para a criatividade;
Prototipagem: Aqui vamos tirar tudo do papel. Aqui vamos criar versões simplificadas para irmos finalmente para a fase de testes;
Teste: É hora de testar e ver o que funciona - ou não. O mais importante aqui é pegar o feedback das pessoas para melhorar e refinar a solução.
Ferramentas e técnicas do Design Thinking:
Para facilitar todo esse processo criativo, o Design Thinking conta com algumas ferramentas que são verdadeiros coringas:
Mapa de Empatia: É uma ferramenta visual que ajuda a dar um mergulho profundo no universo do usuário. Facilita entender o que as pessoas sentem, pensam, falam e fazem.

Jornada do Usuário: Mapeia todos os pontos de contato do usuário com o produto ou serviço, identificando dores e oportunidades de melhoria.
Brainstorming: É o momento de deixar a criatividade rolar solta, sem julgamentos. Quanto mais ideias, melhor! O desafio você já tem.
Agora, vamos em busca da solução. Neste momento, escreva todas as suas ideias — possíveis ou impossíveis. Você pode usar post-its, um caderno, o computador. O importante é colocar tudo para fora.
Aqui, não existe certo ou errado. Aquela ideia que parece estranha agora pode ser justamente o ponto de partida para uma solução incrível.Você já está pronto para introduzir o design thinking na sua vida. O segredo Design Thinking está na empatia, na colaboração e no processo de entender as pessoas.
Isso é o que torna esse método tão poderoso: o mais importante é encontrar em conjunto a melhor solução. Quando conseguimos olhar para o problema com outros olhos, podemos ser mais criativos, inclusivos e impactantes.
Como aplicamos o Design Thinking na nossa dupla formação?
A nossa dupla formações de ensino que aplica competências socioemocionais, aulas técnicas e científicas, cursos e formações podem contribuir significativamente para o desenvolvimento dos alunos.
No Mulheres in Tech, impulsionamos o mercado tecnológico feminino com aulas de dupla capacitação socioemocional, para que elas possam liderar com mais inteligência emocional e enfrentar os desafios da profissão, terá autoconhecimento, saberá resolver conflitos e assim poderá colocar em prática toda a parte técnica e científica com maestria, para conquistar promoções e o seu espaço no mercado de tecnologia.
Nas aulas, usamos ferramentas como o Design Thinking para acharmos soluções de problemas reais.
“Acho o design thinking uma experiência incrível para os alunos e uma ótima forma de lhes ensinar a analisar as coisas em vez de decorá-las. Eu aprendi a decorar tudo. O grande inconveniente ali, é que logo a gente esquece. Quando o aluno analisa um problema ou desafio, pensa em uma solução possível e cria essa solução, nunca mais vai esquecer isso”. - Disse a professora tech venezuelana Paula Gimenez, sobre a metodologia
Com essa abordagem, o aprendizado vai além da teoria: os alunos desenvolvem empatia, pensamento crítico e criatividade. Mais do que decorar conteúdos, eles se tornam protagonistas na construção de soluções que podem transformar realidades.
Esse é o diferencial da nossa formação: além de aprender sobre tecnologia, queremos que nossas alunas aprendam ferramentas que transformam a vida.
Que tal começar a aplicar o Design Thinking na sua sala de aula também?
Agora que você já sabe um pouco mais sobre Design Thinking, você pode propor que suas alunas encontrem um problema e usem as etapas do Design Thinking (empatia, definição, ideação, prototipagem e teste) para criar uma solução.
O foco dessa aula não é o que elas vão criar, mas em desenvolver o olhar criativo e a capacidade de resolver problemas. Essa abordagem fortalece a autonomia e o pensamento crítico
Entre em contato com a Fly em coms@flyeducacao.org e saiba como podemos realizar uma parceria de sucesso, para aplicar a nossa metodologia com os seus alunos.
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